Um bom começo seria dizer que a dica de cultura de hoje teve direção de Belizario Franca - sócio-fundador da Giros, produção de Maria Carneiro da Cunha e todo um trabalho de uma equipe que enfrentou infinitos desafios para filmar em cinco estados - Amazônia, Pará, Mato Grosso, Amapá e Rio de Janeiro. Ainda melhor que a ficha técnica, é bom deixar claro que você vai sentir vontade de fazer as malas. Amazônia Eterna é um desses documentários que faz você querer viver o que está assistindo.
Quando "lemos a Amazônia" por Karina Miotto ou entendemos o que a Fê Cortez aprendeu com a floresta, nos sentimos impulsionados a desconectar da cidade e partir para os rios, para a mata, para uma energia muito desconhecida ou pouco sentida por aqui. Quando assistimos ao filme, a vontade é seguir para a região amazônica e conhecer de perto a respeitosa relação das pessoas com a natureza. Observar e, interagir, com os moradores, com as atividades, com a vida que eles têm. Entender como a agricultura, a pesca, a pecuária, podem ser feitas num formato consciente - mesmo com interesses econômicos. O documentário é narrado e comentado por especialistas ambientais, economistas, pescadores, seringueiros e seringalistas, residentes, índios e etc. Tudo isso para mostrar o envolvimento de muitas organizações que juntam conhecimento local com estudo científico para fins equilibrados entre quem depende das atividades para viver e quem fornece a vida - o meio ambiente.
Apesar de não ser um filme apelativo para a causa indígena, em determinado momento ouve-se "os índios preservam porque pensam em seus filhos, netos e bisnetos. Não apenas na geração atual". Nesse mesmo momento, você lembra do que escuta sempre: "água? Não vai faltar por agora. Não preciso economizar, não estarei mais aqui" e se pergunta: "por que no dia do índio não fazem mais que apenas juntar penas nas cabeças das crianças - simbolizando um cocar?" Bom, isso fica para outra hora. De qualquer forma, há um museu do índio em Botafogo, #ficaadica. Depois de tudo isso, não dá pra não tirar um tempo no fim de semana, ligar o Netflix e se arrepiar com 1h27min. de real descobrimento. Se você ainda está em dúvida, dê o play abaixo!
Programe-se para viver o que está assistindo - mesmo de casa, e, principalmente, para levar a mensagem adiante. Assim como tentamos fazer por aqui ;) e assim como a Karina Miotto tá tentando fazer, estudando na Schumacher College, escola dos sonhos, que também já falamos por aqui. Se você quer ajudar e não sabe como, contribua com o crowdfunding que vai ajudar a Karina a pagar os estudos dela, e que fará com que mais vozes influentes preservem a minha, a sua, a nossa Amazônia!
Ah, e pra quem perdeu, saiu na Veja uma matéria de 14 páginas falando sobre a importância da floresta! E como ela é muitoooo importante, a gente fez duas matérias na mesma semana. Vale a pena ler aqui!
Em 1º de Janeiro de 2015 nascia o Menos 1 Lixo, um desafio pessoal da Fe Cortez, de produzir menos lixo e provar que atitudes individuais somadas constroem um mundo mais sustentável.