Gás carbônico, carbono, dióxido de carbono, CO2, ufa! As formas que chamamos podem variar, mas provavelmente você já ouviu falar sobre isso por aí. Trata-se de um gás que, apesar de necessário para fotossíntese das plantas e árvores e altamente presente na natureza, quando em excesso causa danos irreversíveis como acidez dos oceanos, efeito estufa e aquecimento global. Isso ocorre com a queima de combustíveis fósseis, desmatamentos e queimadas, principalmente. Mas não se engane, mesmo não desmatando, você, eu, plantas e instituições emitem CO2. Pra entender melhor, conheça a pegada de carbono.
Todos os dias mostramos escolhas, sugestões, dicas, para que você possa consumir de forma consciente. A pegada de carbono reforça a ideia que o indivíduo pode sim contribuir positivamente ou negativamente para a causa, traduzindo: pegada de carbono mede o que você produz de CO2 no seu dia-a-dia. Ou o rastro, a pegada ambiental deixada por pessoas, empresas, produtos e atividades. E quando a gente fala "mede", é exatamente isso, tem até calculadora.
A principal causa da mudança climática e aquecimento global em curso no planeta hoje, se dá pela queima de combustíveis fósseis, petróleo, carbono e gás. Desde a Revolução Industrial (finais do Séc.XIX), o CO2 sofreu um incremento de 34% e hoje a concentração de CO2 na atmosfera supera as registadas nos últimos 20 milhões de anos. Agora, líderes governamentais e empresariais precisam tomar decisões drásticas para que a temperatura da Terra suba no máximo 2ºC, pois passando disso, os danos ao planeta terão consequências catastróficas. Mas não só os líderes que precisam mudar a forma de gestão para tentar minimizar os efeitos da mudança climática, nós, cidadãos, temos diariamente a escolha de contribuir, ou não, para um mundo melhor pra gente. Lá atrás falamos por exemplo, sobre não comer carne segunda-feira. Parece um ato pequeno, mas olha só o resultado:
Pois é, os resultados melhoram com pequenas decisões tomadas, por isso, separamos outras ações - porque não adianta só falar de como e quanto você emite. Mostrar como você pode reduzir essa emissão, muda tudo. Muitas já falamos por aqui. Perdeu? Anota aí:
1. Troque o carro pela bike, pelo ônibus, pelo metrô, pelo BRT, pelo coletivo. Não vai trocar o carro? Combine caronas. Transforme o seu individual, no coletivo. Queime menos combustível;
2. Coleta seletiva, a reciclagem evita a realização de uma parte significativa dos processos de produção. A maioria dos processos produtivos emite mesmo que direta ou indiretamente, partículas de gás carbônico. O lixo pode ser separado e entregue aos catadores e às cooperativas de reciclagem;
3. Segundo WWF Brasil, "O uso do avião também deve ser repensado. Um avião em uma vigem do Brasil à Europa, despeja uma quantidade de carbono na atmosfera que um carro, percorrendo 30 km por dia, produziria em mais de dois anos. Dessa forma, reveja seus itinerários e a necessidade de viajar. Reuniões de trabalho, muitas vezes, podem ser realizadas via teleconferência, evitando grandes deslocamentos";
4. Na hora das compras (sempre apenas o necessário), busque saber todo o processo de produção por trás do produto final. Opte por marcas com responsabilidade socioambiental, já mostramos várias e em diferentes segmentos;
5. Troque a "flor morta" por plantinhas vivas.
6. Cohousing, compartilhar o consumo de eletrodomésticos é sempre mais produtivo. Desligar aparelhos da tomada, quando não estiverem sendo utilizados, usar lâmpadas de LED, são outras formas de agir em casa.
7. Faça os cálculos agora, vai lá, depois volta, anota tudo que puder mudar e refaça a conta posteriormente. Estamos aguardando ansiosamente novos resultados. Estamos agindo pra isso. E você?
Em 1º de Janeiro de 2015 nascia o Menos 1 Lixo, um desafio pessoal da Fe Cortez, de produzir menos lixo e provar que atitudes individuais somadas constroem um mundo mais sustentável.