É, na verdade Nova York proibiu recipientes de isopor, logo nem pensar em fazer um isoporzinho lá no Central Park, no Brooklyn etc, vai pegar malzão. O isopor tem grande impacto ambiental: leva 150 anos para ser degradado, estimam estudos. Além do enorme tempo de decomposição, pelotas de isopor são confundidas com organismos marinhos e ingeridas por cetáceos e peixes, como acontece com o plástico, afetando o sistema digestivo e causando a morte dessas espécies.
Por isso, desde 2013, a prefeitura de Nova York estava tentando proibir o uso de isopor em recipientes, usados para transportar café e comida. Mas só agora, depois de inúmeras pesquisas sobre a possibilidade de reutilizar o material, o prefeito Bill de Blasio conseguiu aprovar junto à Câmara a proibição.
A partir de junho deste ano estará banida toda e qualquer embalagem feita do substrato do petróleo nos restaurantes e lojas nova-iorquinos. Apesar de não ser pioneiro, o passo dado pela cidade é enorme, já que, apenas em 2014, Nova York descartou um total de 28.500 toneladas de recipientes de isopor - lembrando que este volume é gigantesco, já que o material é ultraleve.
Com isso, Nova York se junta a outras 70 cidades dos Estados Unidos que adotaram medida parecida, entre elas Washington, San Francisco, Seattle e Minneapolis, esforço que contou com a adesão de grandes empresas para buscar alternativas de recipientes. Aqui no Brasil, por exemplo, a CBPAK - empresa nacional de tecnologia que pesquisa, desenvolve e comercializa embalagens biodegradáveis e compostáveis - já disponibiliza copinhos, bandejas e recipientes customizados térmicos feitos a partir de fécula de mandioca.
Na alternativa mais divertida, são utilizados corantes orgânicos, próprios para o uso em comida. E eles são bem resistentes! Aguentam de 20°C negativos a cerca de 75°C positivos, ideal para as comidas que amamos, desde o capuccino até o sorvete gourmet.
Já pensou se as cidades brasileiras adotassem? Estamos torcendo.
Em 1º de Janeiro de 2015 nascia o Menos 1 Lixo, um desafio pessoal da Fe Cortez, de produzir menos lixo e provar que atitudes individuais somadas constroem um mundo mais sustentável.