O que a Copa do Mundo tem a ver com consumo consciente?

O que a Copa do Mundo tem a ver com consumo consciente?

Publicado em:
8/11/2022
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A Copa do Mundo vem aí, e dessa vez já começa diferente: o evento vai rolar no Catar, país árabe onde junho e julho são tão quentes que os jogos foram transferidos pra novembro. Se uma Copa no fim do ano é novidade, outro diferencial é o apelo sustentável da edição. Vale lembrar que estamos olhando somente para o quesito ambiental, já que o governo do país está envolvido em questões graves quando o assunto é direitos humanos, com direito a boicotes e protestos das seleções. Mas o que esperar desse evento tão aguardado?

Estádio Al Bayt

Enquanto na Rússia o papo foi bem diferente, no Catar os organizadores prometem a copa mais sustentável da história. Os investimentos bilionários vão garantir estádios construídos com materiais reaproveitados, construções modulares que permitem o reaproveitamento após o evento, transporte com veículos elétricos movidos a energia solar e iluminação LED nos estádios. O país também garante que o mundial terá as emissões compensadas através de créditos de carbono. A estimativa é que o evento vai emitir 3,6 toneladas CO2e, que serão neutralizadas. 

É uma pena o evento estar ligado a tantas polêmicas e problemas sérios graças ao governo do país sede, porque teria tudo pra ser uma Copa exemplar, né? 

Os avanços na direção de eventos mais sustentáveis são importantes para o universo esportivo, já que um jogo de futebol gera muito lixo e tem um alto impacto ambiental. Por exemplo, na Copa de 2014, que foi aqui no Brasil, em dias de jogo as cidades sede tiveram um acréscimo assustador de lixo: acostumadas a produzir 43 mil toneladas diárias, o número foi acrescido em mais 14 mil e quinhentas toneladas por dia segundo a Abrelpe. Cuiabá teve um aumento de 500 pra 1.150 toneladas, Natal pulou de 770 pra 915 toneladas, Porto Alegre e Brasília cresceram 70% e Curitiba e Manaus registraram 50% mais lixo. Em Brasília, só nas duas primeiras partidas foram produzidas 25,2 toneladas de resíduos no Estádio Mané Garrincha e na Fan Fest. 

Estádio 974, todo construído com contêiners

E esse lixo todo você já deve imaginar o que é, né? Além de embalagens de comida, muitos e muitos copos descartáveis de plástico que não foram usados nem por 90 minutos e provavelmente não foram reciclados. 

Pensando em colocar o poder do indivíduo pra jogo, fizemos uma conta: imagine um grupo de 15 amigos que marcaram de assistir todos os jogos do Brasil no barzinho. Se a seleção chegar na final, essa galera pode deixar de gerar um lixo de 2 mil copos descartáveis se adotar copos reutilizáveis - inclusive, usar o mesmo copinho em todos os jogos pode dar sorte! 

Independente de onde será a Copa, ou se você prefere assistir só aos jogos do seu clube do coração, dá pra curtir o seu futebol sem descuidar do planeta. Se a gente seguir nesse ritmo, a produção de plástico aumentará 50% até 2025. Ou seja, na próxima Copa, em 2026, podemos ter o dobro do problema que temos hoje. Precisamos driblar esse possível futuro, né?  

Então bora levantar a taça da regeneração - o copinho reutilizável - nessa e nas próximas Copas? 

Fontes: [1] [2] [3] [4] [5] [6] [7]

Menos 1 Lixo
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Em 1º de Janeiro de 2015 nascia o Menos 1 Lixo, um desafio pessoal da Fe Cortez, de produzir menos lixo e provar que atitudes individuais somadas constroem um mundo mais sustentável.

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