Por que os mercados estão cheios de comida que imitam as de verdade?

Por que os mercados estão cheios de comida que imitam as de verdade?

Publicado em:
3/5/2019
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Quantas vezes você já trabalhou demais ou viajou por muito tempo e pensou que só queria mesmo era sentar e comer comida de verdade? Ou aquele feijão fresquinho da sua mãe? O bolo de chocolate com calda quente da sua avó? Já reparou que às vezes é só essa comidinha que resolve os nossos problemas?

Hoje estamos vivendo um resgate. Na moda, na decoração, no cinema… O vintage voltou com tudo! E na alimentação não é muito diferente. Aquelas refeições que voltam ao passado da gente tem sido bastante valorizadas. Mas por que paramos de comer comida de verdade?

As guerras são as maiores produtoras de inovações tecnológicas do mundo. É nos períodos de escassez e de crise extrema que o homem tira forças sabe-se lá da onde pra transformar e mudar um padrão. Já pensou colher as plantações em tempos de conflito militar? Levar as frutas, os legumes e ferver água pro feijão durante as batalhas? Não dá, né?

Em 1795, o governo da França fez um concurso pra quem desenvolvesse uma forma de conservar comida por mais tempo sem que ela perdesse os nutrientes. Os franceses viveram em guerra por muito tempo e essa questão era bem importante pra eles. E rolou! O inventor Nicolas Appert apresentou uma ração militar de carne salgada em garrafas bem vedadas, e ele foi inspiração pra todo o processo das comidas enlatadas.

Depois das grandes guerras, as comidas industrializadas permaneceram nos supermercados e cada vez mais nos alimentamos de enlatados, agrotóxicos, molhos prontos, legumes em conserva… E a indústria entendeu que era possível produzir comida barata, feita para durar, que substituísse o preparo da refeição caseira: que alimenta, mas sem qualidade. E esse processo desenvolveu uma série de anomalias, especialmente a obesidade que cresceu 60% em dez anos aqui no Brasil.

A alimentação que “imita comida de verdade” também é fruto da inserção das mulheres no mercado de trabalho, já que no passado elas eram praticamente as únicas responsáveis pelo preparo das refeições no lar. O freezer e o microondas ganharam força nessa equação e, além de oferecer uma comida de qualidade duvidosa, também produz muito mais lixo, já que tudo isso vem embalado em plástico ou isopor!

E é aí que vem o resgate e o sentimento coletivo de perda de raízes. Não à toa o conceito de comfort food começou a ganhar força especialmente lá fora, e é justamente aquela comida que dá aconchego, conforto e desperta sentimento gostosos na gente. No Brasil, temos uma tradição forte de sentar à mesa e fazer da refeição um momento de socialização e amor, como um ritual de resgate da gente mesmx, de visitar as memórias e ter um minuto de paz interior.

O Nexo fez uma pesquisa super bacana das principais comidas afetivas ao redor do Brasil, que recebem influência da origem das famílias e é super interessante reparar como todos têm uma comida pra chamar de sua. O lance é incluir a comida de verdade todos os dias na nossa rotina, porque é ela quem dá forças pra gente: física e emocional. E sabe qual é a melhor parte? Se produz muito menos lixo desse jeito.

Vamos fazer disso uma prática? Vamos juntxs?

Menos 1 Lixo
Por:
meio
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Em 1º de Janeiro de 2015 nascia o Menos 1 Lixo, um desafio pessoal da Fe Cortez, de produzir menos lixo e provar que atitudes individuais somadas constroem um mundo mais sustentável.

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